Eu fiz a aquisição de uma olympus c750 ultrazoom, quando ainda morava na Austrália, que além de ser uma camera ótima para alguém como eu, entusiasta, que gosta de coisas retro, o problema foi que para conseguir fazer ela ficar minimamente funcional, eu precisava de um cartão de memória compatível, e dois, conseguir passar pelos menus dela em japonês, algo não tão trivial na minha cabeça, pois eu sei o básico da lingua, mas o google tradutor me salvou nesse caso .
Já no primeiro desafio cheguei a olhar no mercado livre o cartão de memória para essa camera e pasmem, custa o rim de 225 reais, por apenas 256 mb, só para ter uma noção, uma boa conversão para saber se o preço de armazenamento está bom, podemos chegar em uma média de 117 reais por terabyte, no caso desse cartão, fazendo uma conta de pão com arredondamentos, 225 * 4 * 1000 chegando ao total de 900000 reais por terabyte se existisse um cartão desse tamanho para essa mídia.
Como dizem a escassez de um produto pode facilmente inflar um mercado, já que esse cartão é bem antigo, já que estamos falando de uma camera de meados de 2003.
Em relação a qualidade das fotos é algo que me agrada muito, a imperfeição ao mesmo tempo aliada ao limites impostos na época, dão a esse tipo de equipamento um sentimento nostálgico e muito único em relação a maneira como você valoriza as fotos tiradas, aquela sensação de após usar uma boa parte de seu cartão, você copiar as fotos para seu computador e ter que selecionar as que estão mais nítidas é algo que trás esse tipo de satisfação em “fazer com as próprias mãos”, que os celulares hoje em dia com toda tecnologia não conseguem mais nos trazer como experiencia.

Por ser uma foto de uma camera de 2003, não profissional, eu acho uma qualidade bem surpreendente. Vou adicionar aqui algumas informações sobre a camera:
Especificação | Detalhe |
---|---|
Modelo | Olympus C-750 UZ |
Anúncio | 2 de março de 2003 |
Resolução Máxima | 2288 x 1712 pixels |
Pixels Efetivos | 4 megapixels |
Tipo de Sensor | CCD |
Tamanho do Sensor | 1/2.7″ (5.312 x 3.984 mm) |
Sensibilidade ISO | Automático, 50, 100, 200, 400 |
Distância Focal (equiv. 35mm) | 38–380 mm |
Abertura Máxima | f/2.8 (grande angular) até f/3.7 (telefoto) |
Tamanho da Tela | 1.5″ |
Resolução da Tela | 110.000 pontos |
Velocidade do Obturador | Até 1/1000 sec |
Tipo de Armazenamento | Cartão xD Picture Card |
Interface USB | USB 1.0 (1.5 Mbit/sec) |
Peso (com baterias) | 340 g (0.75 lb / 11.99 oz) |
Dimensões | 108 x 66 x 69 mm (4.25 x 2.6 x 2.72″) |
Esses dados foram extraídos diretamente da página de especificações do DPReview para a Olympus C-750 UZ.
O zoom óptico dessa camera ajuda muito nos casos onde o objeto de estudo esta bem distante, como nesse caso, onde eu estava em um passeio em família no Animalia Park, em Cotia, interior de São Paulo.
Se observar a foto do camelo, que foi tirada sem zoom algum, e na galeria de fotos abaixo, que estão algumas fotos onde os animais estavam bem mais distantes e o zoom foi utilizado, pode se notar que há pouca se não imperceptível perda de qualidade em alguns casos, onde me reservo a dizer que, onde no ultimo caso das araras, o problema mais forte foi a iluminação do ambiente em si o problema e não o zoom.
Voltando ao assunto principal, outros problemas que eu posso identificar logo de cara nessa categoria de cameras é que diferente dessa, outros modelos da época usam baterias especificas para seu funcionamento, criando a necessidade de ou comprar um adaptador para pilhas, caso o modelo suporte e haja no mercado, ou comprar essas baterias o que acaba sendo outro custo alto frente ao seu preço no Brasil.
Por fim, caso a camera venha a “morrer”, diferente de modelos novos, com garantia e assistência. A grande maioria dos modelos dessa época, pode se perder frente a escassez de mão de obra e peças nessa área, pelo Brasil, já que para o concerto, caso o fabricante não tenha mais a peça disponíveis para a troca, entra no caso da assistência comprar no mercado paralelo local ou importar da china, onde algumas vezes o preço com a mão de obra pode vir a se tornar mais alto do que o preço pago na camera.

O que resta a opção de só descartar a camera e comprar uma no mercado de usados que funcione, ou se arriscar através do bom faça você mesmo, a consertar a camera, onde nesse caso a maioria das vezes não irá compensar, pois você minimamente terá que ter o básico para de eletrônica para fazer um reparo simples, além dos equipamentos.
Por fim, ainda acho muito gratificante poder dar uma nova vida a esses equipamentos, que antes seriam descartados, mesmo trazendo consigo tanta qualidade.
Eu pretendo ainda falar sobre outra categoria de cameras no futuro, as analógicas, mais especificamente as de 35mm, onde eu tenho algumas, mas uso com maior frequência a olympus stylus zoom 115 DLX, mas isso é assunto para outra hora.
Algumas fotos tiradas com ela:




